«O que Sempre Soube das Mulheres

Tratam-nos mal, mas querem que as tratemos bem. Apaixonam-se por serial-killers e depois queixam-se de que nem um postalinho. Escrevem que se desunham. Fingem acreditar nas nossas mentiras desde que tenhamos graça a pregá-las. Aceitam-nos e toleram-nos porque se acham superiores. São superiores. Não têm o gene da violência, embora seja melhor não as provocarmos. Perdoam facilmente, mas nunca esquecem. Bebem cicuta ao pequeno-almoço e destilam mel ao jantar. Têm uma capacidade de entrega que até dói. São óptimas mães até que os filhos fazem 10 anos, depois perdem o norte. Pelam-se por jogos eróticos, mas com o sexo já depende. Têm dias. Têm noites. Conseguem ser tão calculistas e maldosas como qualquer homem, só que com muito mais nível. Inventaram o telemóvel ao volante. São corajosas e quando se lhes mete uma coisa na cabeça levam tudo à frente. Fazem-se de parvas porque o seguro morreu de velho e estão muito escaldadas. Fazem-se de inocentes e (milagre!) por esse acto de vontade tornam-se mesmo inocentes. Nunca perdem a capacidade de se deslumbrarem. Riem quando estão tristes, choram quando estão felizes. Não compreendem nada. Compreendem tudo. Sabem que o corpo é passageiro. Sabem que na viagem há que tratar bem o passageiro e que o amor é um bom fio condutor. Não são de confiança, mas até a mais infiel das mulheres é mais leal que o mais fiel dos homens. São tramadas. Comem-nos as papas na cabeça, mas depois levam-nos a colher à boca. A única coisa em nós que é para elas um mistério é a jantarada de amigos – elas quando jogam é para ganhar. E é tudo. Ah, não, há ainda mais uma coisa. Acreditam no Amor com A grande mas, para nossa sorte, contentam-se com pouco.»

Imagem: Egon Schiele

Texto: Rui Zink

Mourinho dixit: "Nem com Cristiano a mil à hora" Portugal tem hipóteses de ser campeão do Mundo

Não que isto me interesse, quero tanto que a selecção portuguesa ganhe alguma coisa, como quero pintar as unhas dos pés com verniz laranja (isto é, agora não me apetece pintar, mas se um dia calhar, calhou).

Gosto também tanto da selecção nacional de agora, ainda para mais sem ninguém a jogar à baliza e sem o Fábio e sem o Martins - relembro a frase de ordem mais bonita dos últimos tempos: se tens tintins convoca o Martins; dizia eu que gostava tanto da selecção nacional de hoje, como gosto do Mourinho, that is to say, como de iscas com elas e ensopado de eirozes.

Por isso nem me aquece nem me arrefece o que o Mourinho diz que eles conseguem ou não fazer, nem a sua falta de patriotismo (que a bem dizer é igual à minha). Mas pegando na sua frase, e na parvoíce toda que comigo hoje acordou, deixem-me que vos diga que nem com o Assador de Frangos a mil à hora, nem com 10 Mourinhos esta selecção vai a algum lado, e a culpa nem é do Queiroz, que podia, olaré se podia.

Por isso em Junho, quando tudo estiver aí armado em: ai que a selecção é que é bom, vamos lá ver os jogos, eu vou aproveitar os dias de sol (a Mãe Natureza assim queira) e o facto de graças aos jogos as filas para casa acabarem mais cedo.

Bem-haja por isso.

Para mim futebol agora é só quando o Benfica começar a pré-época.

O que me lembra, já agora oh Mourinho, "O Poliglota", sei que não me ouves mas mesmo assim põe-te a pau, és o maior do mundo, e serás quiça da Espanha, mas deixa-nos ao menos 11 gajos para jogarem p'o ano, eu sei que os bons jogaram cá todos esta época, e toda a gente os cobiça (até eu queria muito o Fábio e o David lá em casa) mas de nada nos serve encherem-nos os bolsos com euros (ainda se fossem libras), para depois não termos com quem jogar. Usa de parcimónia, não sejas lambão e leva só um (já agora, se não for pedir muito, leva o Di que os loirinhos fazem-nos(me) mais falta).

"Pimp my Vader"

Da exposição: The Vader Project

...and there are still some people who think I give a damn!

É que nem se fossem atropelados por um camião.

Bem, aí tinha pena do asfalto, ficava todo encardido.

bugggs, a disparar veneno desde 1980...

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